Os Estados Unidos estão em alerta máximo contra uma ameaça do Irã, depois do ataque de Israel à embaixada do país, na Síria. Nesta sexta-feira (5), as autoridades americanas disseram que o Irã está se preparando para uma represália ao ataque. O bombardeio ocorreu no início da semana e resultou na morte de três generais considerados importantes da Guarda Revolucionária Iraniana.


Altos funcionários do governo americano atualmente acreditam que um ataque do Irã é “inevitável” – uma visão compartilhada por seus pares israelenses, disse essa autoridade. Os dois governos estão trabalhando duro para se posicionar à frente do que está por vir, já que antecipam que o ataque do Irã pode se desenrolar de várias maneiras diferentes – e que tanto os ativos e o pessoal dos EUA e de Israel correm o risco de serem alvos.

Um próximo ataque iraniano foi um dos principais tópicos de discussão no telefonema do presidente Joe Biden com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na quinta-feira (4).

Até a sexta-feira, os dois governos não sabiam quando ou como o Irã planejava revidar, disse a autoridade.

Um ataque direto contra Israel pelo Irã é um dos piores cenários que o governo de Biden está se preparando, pois garantiria a rápida escalada de uma situação já tumultuada no Oriente Médio. Tal ataque poderia levar à expansão da guerra Israel-Hamas para um conflito regional mais amplo – algo que Biden há muito procura evitar.

O Irã prometeu se vingar após o ataque aéreo de Israel ao complexo da embaixada do Irã na Síria, que matou pelo menos sete funcionários. Mohammed Reza Zahedi, um comandante do topo da elite da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), e o comandante sênior Mohammad Hadi Haji Rahimi estavam entre os mortos, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores iraniano.

Pelo menos seis cidadãos sírios também foram mortos, informou a televisão estatal iraniana nesta terça-feira (2).

Zahedi, um ex-comandante das forças terrestres da IRGC, da força aérea e do vice-comandante de suas operações, é o alvo iraniano mais conhecido a ser morto desde que o então presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou o assassinato do gneral Qassem Soleimani, em Bagdá, em 2020.

Os EUA foram rápidos em informar ao Irã que o governo de Biden não estava envolvido e não tinha conhecimento prévio do ataque de segunda-feira à embaixada e alertou o Irã contra se vingar de ativos americanos.