Os gastos com professores que estão fora das salas de aula podem superar os R$ 233 milhões por ano. É o que aponta levantamento realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado do Rio Grande do Norte (SINSP). Ao todo, 3.207 professores, entre efetivos e temporários, não estão alocados.


O SINSP usou como base de dados relatório da própria secretaria de Educação do Estado. Dos 19.137 professores e especialistas da rede estadual de ensino, entre efetivos e temporários, 3.207 não têm nenhuma lotação definida pela SEEC. A maior parte é formada por professores específicos, com 2.494 não alocados.

Pela projeção realizada pelo SINSP, tomando por base o piso do magistério, que é de R$ 4.420,55, os gastos do Governo do Estado somente com os 3.207 professores que não estão alocados chega a R$ 233.307.080,61, somando salários, 13º, férias e a cota patronal do IPERN. O valor, contudo, é ainda maior já que boa parte dos professores recebe acima do piso.

Em nota, o SINSP disse que vai entregar à Controladoria Geral do Estado, ainda nesta segunda-feira (18), o relatório e outros documentos em que constam os nomes dos professores sem lotação. “Apesar do relatório da SEEC mostrar que esses professores não têm local de trabalho, esperamos que isso não seja a realidade. Na verdade, não sabemos se essas pessoas trabalham ou não trabalham. Esperamos que a Controladoria-geral do Estado fiscalize essa grave informação”, disse o SINSP, em nota.

Hoje a Secretária Estadual de Educação, a Professora Maria do Socorro da Silva Batista, percorreu vários gabinetes da Assembleia Legislativa para esclarecer os motivos dos professores não estarem em sala de aula. Justamente no dia em que a AL, aprovou um requerimento onde convida a secretária para uma reunião conjunta com os deputados e frente a frente como os mesmos, esclarecer os fatos.

Desta forma não é difícil entender os números do IDEB que o RN vem apresentando nos últimos anos na educação pública. Não há duvidas quanto aos gastos com á educação do Governo Fátima Bezerra (PT), porem o questionamento é em que direção dentro da pasta da educação, os recursos estão indo.