Em entrevista à atriz e apresentadora Carolina Ferraz, na TV Record, o ex-jogador afirmou que teve apenas um contato “leve e superficial” com a acusadora.

“Nós tivemos uma relação superficial e rápida. Eu e ela estávamos em pé, tivemos trocas orais, a gente trocou beijos, fora isso eu fui embora para a minha casa. E ela continuou no local com os outros, se divertindo como uma pessoa totalmente consciente. Em nenhum momento ela empurrou ou falou ‘para’. Ou em nenhum momento ela gritou. Tinha outras pessoas no local. Era um lugar totalmente aberto. Qualquer pessoa poderia entrar para colocar o seu casaco. Quando eu vi que ela queria continuar com os outros rapazes, eu fui embora pra casa”, disse.

“A garota se aproximou, começou a conversar comigo, começou a ter um leve contato. Nós fomos para um lugar que estava bem próximo, um lugar aberto, dava para todo mundo ver, tinha outras pessoas no local, tinha seguranças no local, e logo após esse superficial e rápido contato que tive com ela, eu fui embora pra casa. Foi isso que aconteceu aquele dia”, reafirmou.

Robinho destacou que seu grande erro foi trair sua esposa, mas que foi perdoado por ela em 2014, quando o caso veio à tona.

Em outro ponto, o ex-jogador acusa a Justiça Italiana de ser racista e de desconsiderar suas provas.

“Ela disse que estava grávida, eu fiz todos os exames. Mas eu joguei praticamente nove anos, dez anos na Europa, e quatro anos na Itália. E cansei de ver provas de racismo com companheiros meus, companheiros próximos, o que acontecia com Mario Balotelli, jogador negro e sofria com isso, jogava para defender a Seleção Italiana. Infelizmente isso tem até hoje. O que a Justiça Italiana fez em relação a isso? Os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato, que eu repudio o racismo, são os mesmos que me condenaram. Estava ali um negro, sem voz, sem falar nada. Com certeza se meu julgamento fosse para um italiano, um branco, meu julgamento seria completamente diferente”, disse.

Contradições de Robinho

Robinho declarou que os áudios vazados dele, que confirmavam penetração e sexo oral enquanto a mulher se encontrava desacordada, foram tirados de contexto.

“O que é verdade foi o que eu relatei no processo. Os áudios foram fora de contexto. Foram áudios de pessoas que estavam me perseguindo, querendo arrumar dinheiro, estavam querendo naquele momento me extorquir. Eu falo muitas coisas controversas. Tem hora que falo uma coisa, tem hora que falo outra. Mas o contexto daquele áudio é exatamente isso. Eu estava querendo me livrar de uma situação de extorsão. Quando eu vi que começou a tomar uma proporção maior, resolvi procurar meus advogados e resolvi me defender”, disse o ex-jogador.

Indagado sobre a afirmação de que fez sexo oral e penetrou a vítima, conforme constam nos áudios vazados, Robinho mudou de versão. “Se você pegar os áudios completos, você vai ver que cada hora eu falo uma coisa. E quem estava me ligando estava me pressionando. Então, há controvérsias minhas, de que fiz, que não fiz, quem é que estava. Mas em nenhum momento eu neguei isso para a Justiça. Eu fiz lá o teste de DNA meu, que não estava lá. Tem um teste que vai além do nosso conhecimento. Ainda assim, eu fui condenado”.

Segundo o documento mostrado pela defesa obtido pela Record, os vestígios sexuais na roupa da acusadora não são de Robinho. Tais documentos constam no inquérito da Justiça italiana.

Ela me acusa de algo, de estupro coletivo, sem o consentimento dela. Se ela estava inconsciente no momento que estava comigo, como ela se lembra quantas pessoas tinham? Impossível lembrar de tantas coisas como ela lembrou”, explicou Robinho. “Os exames provam que ela não estava bêbada”, defendeu-se o ex-atacante.




Fonte: R7